quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Ela...


Já lhes falei alguns pensamentos, sobre algumas inquietações minhas e valores que trago comigo. O pouco que venho compartilhando com vocês neste espaço são fins e meios que me custou muito, horas de análises, sentimentos à flor da pele, discussões exaustivas com quem me acompanha, enfim, muitos atps que foram e são consumidos. Mas, hoje desejo lhes falar de alguém ímpar na minha jornada.
Decerto que cada pessoa que passa por nós tem suas singularidades, todavia, algumas nos marcam com tamanho furor e propriedade que querermos viver por todo tempo que nos resta com elas. A respeito do ser humano que me move neste momento, a conheci muito jovem, uma menina, sedenta de novas experiências, novos olhares, de alguém que a tocasse com verdade e a fitasse com intimidade. Difícil entender por que seria eu, pois por um tempo estive destraída. É, talvez tinha que ser eu, e ela aos poucos pegou no meu rosto e ordenou que eu a olhasse, que visse o que me era oferecido. E eu vi.
Pouco tempo depois decobri uma paixão, daquelas avassaladoras, que para mim, até então, era pura hipérbole dos que sofriam uma paixonite qualquer. A presença dela me tirava o oxigênio, meu coração descompassava, aguçava os meus sentidos. As minhas noites ganharam companhia fiel, o pensamento nela. Lembro-me dos abraços longos e confortáveis de toda manhã, no período do colegial, abraços que revelavam um sentimento totalmente passível de indiscrição.
Enfim, aceitamos o que a vida nos ofertou naquele momento e demos o primeiro passo de uma história repleta de milhares de oportunidades cotidianas, oportunidade de ceder quando a negociação emperra, de ajeitar daqui e dali pra ficar o mais juntas possível, de crescermos, de parar ou maneirar o ritmo quando uma ou a outra não está pronta e bem pra seguir, dar as mãos.
Nosso amor nasceu e ganhou um lugar, um conforto só dele. É ele que me move agora, que tem me alimentado por mais de três anos, que tem me acalentado quando chega o medo nas vezes em que decido mudar de rumo, viro a esquerda, ao invés da direita programada. Falar desse amor é tão difícil, minto, descrevê-lo que é tarefa pouco possível. Porém, posso falar com aproximações do que ele me causa, do quanto ele me veste, me conforta, me impulsiona. Esse amor me fez admirar os pequenos gestos, ensinou-me o quanto é valoroso viver o presente, ao invés de gastá-lo planejando um futuro que, por já conter na construção da sua oração um verbo no gerúndio, não encontra porto seguro nunca. Esse amor me emociona muito e eterniza em minha mente milhares de imagens, como a vez em que dividimos um travesseiro e uma colcha de solteiro, dentro de uma barraca de camping, numa noite de muito frio em que os meus pés estavam quase congelando, mas minha alma estava bem quentinha ao lado dela.
É maravilhoso compartilhar tantas oportunidades e momentos juntas, do primeiro beijo que me paralisou, às tantas noites de amor que oferecemos nossas intimidades mutuamente, as vezes que nos despimos completamente, deixando para trás tantos conceitos arraigados, verdades que pensávamos serem absolutas ou que nutríamos por comodidade.
Jéssica mora em parte de mim, ela está presente nos meus ideais, nos meus valores, nas minhas idalizações, no meu hoje. Por isso, ela é apresentada todos os dias a outras pessoas através de mim, a vocês agora.

Ah, hoje tenho certeza que:"Você já me conquistou, apesar da minha vontade
Não se assuste se eu me apaixonar da cabeça aos pés
E não fique surpreso se eu te amar por tudo que você é.
Eu não pude evitar,
É tudo culpa sua." By Alanis Morissette

domingo, 22 de fevereiro de 2009

Cachoeira da Fumaça.





Mais fotos!!!







De baixo para cima, a primeira é ainda Riachinho, em seguida a cachoeira das Rodas, e as últimas são do Rio Preto.

Chapada Diamantina







Salve menin@s!!! Cheguei da Chapada hoje, bem cedinho, e já venho publicar algumas fotinhas da viagem para vocês. Nós ficamos no Vale do Capão. Lá é, de fato, um lugar paradisíaco, muitas cachoeiras com águas geladíssimas, natureza pulsando, as pessoas são muito educadas e aconchegantes, a vila é muito pacata. Mais, uma dica, quem pensa em ir para lá já deve ir sabendo que vai andar muito, para qualquer cachoeira você tem que dá uma paletada, contudo, vale muitooo a pena, as paisagens pagam o suor r o cansaço. Ah, não esqueçam os casacos e cobertores, pois lá faz muito frio.
Resenhando... de início, só iríamos eu e Jéssica, só que no meio do caminho, indo para lá, decidimos levar Ruan. Daí, ligamos para ele e na terça de manhã ele chegou lá. Ah, conhecemos pessoas muito agradáveis e companheiras, valeu muito a viagem. Curtimos muito a natureza, as pessoas e uma a outra, porque ninguém é de ferro né.
Vou postar algumas fotos processualmente, porque só dá para “upar” cinco por vez. Mas já já volto com uma postagem nova sobre umas coisas que andei vendo e refletindo por aí. Abraço grande a tod@s e lhes visito logo, logo. Bom carnaval!

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Uma rapidinha, à la Guia Gay.


Momento Guia Gay:

Ontem, a tarde eu e meu amigo Ruan fomos a casa de um amigo nosso, o Júlio, para estudarmos imunologia. O telefone tocou, Júlio foi atender...

Ruan foi ver o que tinha na penteadeira de Júlio:
R: Nossa!Que menino vaidoso!!
E: Pois é...
R: Olha o que ele tem: Hidratante Natura Crhonos, Horus, perfume alguma coisa kilômetros, creme Seda, Palmolive, desodorante, mais perfume...
E: Muita coisa!
R: ...
E:Incrível, que a sua é do mesmo jeito.
R: ...

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

A loteria do amor

Tem gente que passa a maior parte da vida sorrindo pouco, atinado aos imperativos do dia-a-dia, vivendo cada dia como se o seu tempo fosse uma eternidade. O futuro parece ser a constante da nossa existência, o amanhã é o plano do que até agora foi sonhado. Só que nesses últimos dias tenho pensado em quanto tempo perdemos vivendo dos amanhãs. Sei, sei... o hoje parece pesado não é?!, dolorido... mas acho que seria bom analisarmos o que já temos conosco.
Depois do primeiro suspiro e do primeiro de tantos choros posteriores, abrimos os olhos, engatinhamos, andamos, dos dá dá dá ná ná ná mã mã mã pá pá pá por nós emitidos e tantas sílabas mais, aprendemos a organizá-las para que a comunicação fosse mais fluída. Não satisfeitos com a comunicação falada, resolvemos desenhar as letras, os nossos sonhos, os nossos medos e tudo que encontramos pelo caminho. Abro um colchete indispensável: [nos apaixonamos, choramos o fim de um relacionamento, juramos jamais nos apaixonar tão intensamente outra vez, nos apaixonamos de novo]. UFA! quanta coisa hein?!
Assim, já que lhes dei um substancial prelúdio sobre o quanto pecorremos, vou arbitrariamente mudar de foco e apurar a minha análise em uma pedrinha desse mosaico - entenda ser a vida mesmo. Quero lhes falar sobre uma loteria, mas não é aquela que de vez e quando jogo, estou alimentando o sonho de que se eu ganhasse iria fazer isso ou aquilo, comprar e comprar..., digo, é uma loteria muito mais difícil de se acertar, que não se apostam números, pagando com umas moedinhas, mas sentimentos, emoções e algumas incógnitas. É sobre a loteria do amor que vos digo. Ultimamente, estou sensivelmente convencida de que nessa loteria hiper-big-mega difícil a gente acerta em qualquer hora, sabe, e, em muitos casos, levamos muito tempo sem saber que fomos premiados.
Na loteria do amor, a gente faz um conjunto de apostas, desde um primeiro olhar, à cumplicidade que construímos processualmente ao lado, frente e costas de quem nos acompanha, o exercício de constituir com a/o outr@ os limites para que ambos cresçam juntos e individualmente na relação é diário. Difícil? Sim, muito difícil. Contudo, tem um detalhezinho quase despercebido e que pra mim parece ser o grande “x” da questão: o que nos faz parar n@ outr@? Em que momento os “comprimentos de onda” das duas pessoas entram numa mesma frequência e ambaspassam a se marcar mutuamente? Mais um colchete: [É claro que muitas relações têm fim, ou um tipo de fim; digo isso porque eu nunca apago alguém da minha vida, seja em uma música, um olhar, uma expressão, uma palavra, seja uma lembrança, quem cruza o meu caminho nele está registrado.].
Voltando: Acho que essa minha problemática, provavelmente, não tem resposta fácil, mas, vou ficar com a temporária conclusão de que na loteria do amor, no momento da identidade entre as ondas, o que rola mesmo é mágica,até que vocês possam trocar figurinhas comigo. Ainda, não sei se nosso cérebro capta antes de nossa percepção,ou se há um complô dos corpos e dos cérebros e no grande momento a gente fica alhei@, em meio a tanta complexidade. Por hora, concluo que só caímos em si aos poucos, vivendo a relação mesmo.
Aí, vocês se perguntam, porque a moçinha aí do “Muita história pra contar” está me incitanto a pensar sobre trajetórias de vida e ainda loteria do amor?! E eu respondo, quero somente fazê-l@s parar um pouquinho, uns minutos, para que vocês possam fazer um chek up do quanto já cresceram e percorreram, e, ainda assim, do quanto estamos à mercê de frações de minutos ou segundo inexplicáveis. Quanto devemos valorizá-los por simplismente eles mudarem nossas atuais trajetórias? Quanto vale ver o futuro no agora, já que tudo o que sonhamos depositamos um pouco de nós nos outros, nos laços que hoje tecemos. E se acham que já acertaram ou que já foram sortead@s na hiper-big-super difícil loteria do amor vale à pena inovar ou manter um ritmo, afim de que os vossos amores continuem fortalecendo-se e quem sabe tenham sempre perspectivas e novidades. Também, não sejámos escrav@s das news, o contrário, que estejámos empenhad@s em valorizar de verdade os pedaçinhos de vidro que colocamos sós e acompanhad@as diariamente no nosso mosaico.
A inspiração do post de hoje certamente vem da garota que me acertou na loteria do amor, num encontro mais que inusitado, alguma coisa inexplicável fez ela olhar para mim e num outro momento, também inusitado, nossas frequências se encontraram. Digo que manter essa compatibilidade de comprimentos de onda não é nem um pouquinho fácil, mas a gente se ajeita, molda daqui, cola dali e vamos seguindo em frente, fazendo o máximo para viver sempre, escolher, conciliar, mudar de lugar. Se tiver lágrimas pelo caminho, sentiremos e logo depois as secaremos, também não quero esquecer jamais os sorrisos, os olhares vidrados, o conforto peculiar, nem, muito menos, os momentos em que focalizamos um objetivo e fazemos o possível para que tudo saia do jeito que planejamos. Este post também é oferecido a Ruan, o grande amigo, sua cumplicidade é um vidrinho indispensável no meu mosaico. Com ele fui sorteada também.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

À flor da pele


Ah! Depois de tantos anos ouvindo e sentindo quietinha, descobrindo cada idéia ali construída, traduzindo cada frase em outro idioma, vibrando com tantas emoções, Alanis resolveu vir até mim.
Quando tudo era turvo e caótico, nas suas músicas eu encontrava conforto. Depois de tanto tempo de espera, já que a falta de dinheiro era uma limitação e tinha o tempo dela também. O tempo de viver e de sentir milhares de experiências, de degluti-las, organizar em frases, em versos, depois em letras, musicá-las e aí vem mais emoção... O tempo de racionalizar as suas experiências e sensações , ou seja, torná-las comunicativas.
Depois tem que ter um número de música. Envia proposta para a gravadora, parte é aceita, parte rejeitada. Não está tão comercial, disseram eles. E porque tem que ser sempre comercial?! Ela: Sim, está bem, vou melhorar o ritmo, tornar as minhas mensagens musicalmente palatáveis.
E envia para a gravadora de novo. Pronto! Manda mixar, mexe daqui e dali, faz várias cópias, por favor! Divulga, faz uns comerciais, disponibiliza um single na internet, chama o jornal para fazer uma nota da novidade. Sim, sim, tem alguns lugares para ela cantar algumas experiências. Ela precisa distribuir emoções aos outros, fazê-los ficar à flor da pele.
E lá vai ela, canta, canta e canta! Atravessa o oceano. Olha, a comunidade do orkut, tem muita gente comentando sobre suas novas peripércias musicais. Bom, tem milhares de admiradores falando e tem os críticos também, eles sempre falam alguma coisa: "Hummm...não está muito pop.", "Nossa, popzão", "Ela está mais velha e mais gorda.", "Engordou 10 quilos e adquiriu celulite.".
Alguns meses depois: "Ela emagreceu, deve ter sido por conta da rotina de shows.". Muita gente querendo ouvir o que ela tem a dizer, a cantar, a emocionar.
Num belo dia ela decide: "Quero conhecer novos lugares, novas cidades.". Será que ela não está mais tão popular assim, comenta o povo, - digo,não tão na moda - e agora que ganhar uns trocados em lugares excêntricos? Bom, não sei... agora, que ela não é mais tão popular, eu tenho certeza! Até porque ela não fala de bundas...
Epa!!!! bora parando que ela fala sim, cantou uma versão digníssima de "My humps" do Black eyeds peas e foi o maior múrmurio em tudo que foi canto e meios. Bombou no youtube. Contudo, ela não fala de guarda-chuvas, de mulheres gostosonas, nem de travessuras sexuais e etc...ela prefere coisa profunda, de si, do mundo (thak u India pra cá, thak u desillusionment, thank u consequence pra lá, e, também, de paixonites malsucedidas)...Prefiro assim!
Enfim, ela veio aqui. Sim!, não se assustem não, aqui é um lugar exótico, turístico, viva a Bahia!!!, a capital da alegria, Salvador. E eu fui vê-la. Esperei, esperei, quase dez anos, mais de um mês, dez dias, sete, ufa!, um dia, as cinco horas e meia em pé, ali quase colada na grade, mas feliz. Pasmei! Quando a ouvi entrei em transe. A voz dela é sofística, a performance genial, e eu me apaixonei de novo, como em várias vezes...Não vos contei, nunca tenho uma overdose dela, porque escuto de tempos em tempos, prefiro conhecer aos poucos, em doses homeopáticas. Assim, o amor não acaba, o encantamento sempre vem...só tem uma coisa, agora é diferente... (sim! como todas as outras vezes?!!!)... não, agora eu estou hipnotizada, pela delicadeza e sensibilidade daquela voz que me deixou assim mais uma vez apaixonada, paralisada,de cara...por isso eu vou logo loguinho pra Europa para vê-la em outros ares. Afinal, como vocês devem saber, paixão leva a gente a tantos lugares. E eu vou viu, vou mesmo.

P.S. A fotografia foi tirada por mim no show do festival de verão, no dia 31 de janeiro de 2009.