quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Ele permanecerá no meu coração.

Materialmente ele neste ano que finda deixou de existir, mas não deixo de ouvir atenta as suas palavras, as quais   de alguma forma não me deixam só e que de outra forma me incomodam. Neste sentido, este incomodo me protege da inércia.
Terminemos o ano com uma mensagem sua:

Dezembro 31, 2010 por Fundação José Saramago
O que cada um de nós deve fazer em primeiro lugar, pois não temos outro remédio, é respeitar as nossas próprias convicções, não calar, seja onde for, seja como for, conscientes de que isso não muda nada, mas que ao fazê-lo, pelo menos tenho a certeza de que eu não estou a mudar.
“José Saramago: ‘La izquierda no tiene ni una puta idea del mundo”,Veintitrés, Argentina, 7 de Fevereiro de 2002




Borboletas...

Eu estava vendo o seu blogger e me esbarrei com tanta beleza, com a grandiosidade da evolução que nossa vida vem cursando, com tamanha entrega e reciprocidade e não pude deixar de ficar grata pelo acaso que me levou até você. Depois, fiquei mais ainda grata pela cumplicidade, pelo respeito, por esse amor(por você) que me é visceral, que me impele a ser melhor, pra ti e para o mundo . Nesse momento senti várias borboletas no coração.

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Do que eu estou ouvindo [2].




Que tenor sensacional! Ele junta o erudito com o popular, e fala  ao coração. O clipe é lindo. Como de lei, baixei um cd inteiro para conferir. Música me é essencial, fato.
"You raise me up, so I can stand on mountains;
You raise me up, to walk on stormy seas;
I am strong, when I am on your shoulders;
You raise me up: To more than I can be."

2011.

Vai começar um dos anos mais difíceis da minha vida, até o momento. Ano de muito estudo, porque vou passar mais tempo na faculdade do que em qualquer lugar deste mundo. Fora de lá, terei que dividir o meu tempo em casa entre estudar e dormir, a privação de sono será grande. Será um ano muito importante pra uma pessoinha, o que por tabela será para mim também. Seja nas aulas incessantes, no cansaço mais que previsto, nos percalços diários, manterei parte de mim ligado em outro espaço-tempo, em outras sensações, em outros desafios. No mais, é mentalizar que nada de muito traumático aconteça, exercitar a calma, a compreensão, a paciência, arregaçar as mangas e tocar o barco.


;D

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Ele fala por mim [2]

Trecho de "Deus como um problema"


"Portanto, quer se queira, quer não, Deus como problema, Deus como pedra no meio do caminho, Deus como pretexto para o ódio, Deus como agente de desunião. Mas desta evidência palmar não se ousa falar em nenhuma das múltiplas análises da questão, sejam elas de tipo político, económico, sociológico, psicológico ou utilitariamente estratégico. É como se uma espécie de temor reverencial ou a resignação ao “politicamente correcto e estabelecido” impedissem o analista de perceber algo que está presente nas malhas da rede e as converte num entramado labiríntico de que não tem havido maneira de sairmos, isto é, Deus. Se eu dissesse a um cristão ou a um muçulmano que no universo há mais de 400 mil milhões de galáxias e que cada uma delas contém mais de 400 mil milhões de estrelas, e que Deus, seja ele Alá ou o outro, não poderia ter feito isto, melhor ainda, não teria nenhum motivo para fazê-lo, responder-me-iam indignados que a Deus, seja ele Alá ou o outro, nada é impossível. Excepto, pelos vistos, diria eu, fazer a paz entre o islão e o cristianismo, e, de caminho, conciliar a mais desgraçada das espécies animais que se diz terem nascido da sua vontade (e à sua semelhança), a espécie humana, precisamente.
Não há amor nem justiça no universo físico. Tão-pouco há crueldade. Nenhum poder preside aos 400 mil milhões de galáxias e aos 400 mil milhões de estrelas existentes em cada uma. Ninguém faz nascer o Sol cada dia e a Lua cada noite, mesmo que não seja visível no céu. Postos aqui sem sabermos porquê nem para quê, tivemos de inventar tudo. Também inventámos Deus, mas esse não saiu das nossas cabeças, ficou lá dentro como factor de vida algumas vezes, como instrumento de morte quase sempre. Podemos dizer “Aqui está o arado que inventámos”, não podemos dizer “Aqui está o Deus que inventou o homem que inventou o arado”. A esse Deus não podemos arrancá-lo de dentro das nossas cabeças, não o podem fazer nem mesmo os próprios ateus, entre os quais me incluo. Mas ao menos discutamo-lo. Já nada adianta dizer que matar em nome de Deus é fazer de Deus um assassino. Para os que matam em nome de Deus, Deus não é só o juiz que os absolverá, é o Pai poderoso que dentro das suas cabeças juntou antes a lenha para o auto-de-fé e agora prepara e ordena colocar a bomba. Discutamos essa invenção, resolvamos esse problema, reconheçamos ao menos que ele existe. Antes que nos tornemos todos loucos. E daí, quem sabe? Talvez fosse a maneira de não continuarmos a matar-nos uns aos outros."

Esta entrada foi publicada em Outubro 16, 2008 às 10:58 pm e está arquivada em O Caderno de Saramago.


domingo, 26 de dezembro de 2010

Competição.


É fato que a competição é uma atitude, um sentimento e uma condição biológica. Os animais competem por alimento, abrigo, fêmeas ou machos,empregos, riqueza, ficadas, glamour, carros. Essa competição se adequa às perspectivas de cada espécie, e diante de tal cenário me inclino a propor uma evolução as avessas, correspondente à sequência proposta ainda a pouco.
Não que a competição seja naturalmente um entrave a natureza, afinal a última está aí  devido ao equílibrio caótico de muitos fatores, dentre eles a competição. Acontece que os seres humanos perverteram a competição, tornaram-na um trunfo horrendo e desumanizante, aonde o que vale é a supremacia de um falso ego, pouco criativo e homogeneizante. Perdoem as palavras pesadas!
Bom, o pior de tudo isso é que os competidores  não partem de um pré-condição igualitária, a crua desigualdade tempera o clima  competição, agudizando mais ainda os desejos e prazeres mais sórdidos de submissão de um pelo outro. Nessa conjuntura, que até então demonstra contornos de uma estrutura, a divisão, a obliteração do indivíduo e a crueldade parecem estar ganhando da solidariedade.
Todo esse blá blá blá que eu vos conto aí em cima é para vos dizer que o sentimento natural de competição dentro de mim tem outros contornos; resolvi em algum momentos desta minha vida a competir comigo mesma. Pra não dizer que isso é demasiadamente vaidoso da minha parte, digo que tenho referenciais e que os escolho criteriosamente. Busco-os  nos seres humanos simples, bons de coração, e nem por isso menos passíveis de serem cruéis em algumas circunstâncias, uma idéia de como esboçar os caminhos que julgo serem honrosos. Erigi como bons exemplos pessoas caóticas, mas que saem da toca, ou como diz o Jostein Gardder aqueles que sobem ao topo do pêlo aventurando-se, independente dos infortúnios que poderão enfrentar.
Por competir comigo mesma assumo a responsabilidade do risco  maior : o fracasso diante de mim, só para mim. Talvez seja por isso que é mais tornar o outro o êmulo, pelo menor enfrentamento, pela menor queda, menor dor. Por outro lado, não me escondo, enfrento-me, entendo-me, me surpreendo, mudo de rota. Foi essa a forma que encontrei de perseguir o que posso ser de melhor.

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Minha identidade(segredo)

A verdade é que eu sou uma menina, ora vestida de séria, ora vestida de engraçada. Sou daquelas que diz coisas de amor, palavras doces, que suspira, que o coração palpita. Mesmo quando me visto de responsável, devido aos protocolos da existência em sociedade; no fundo, ali há um poço de sensibilidades, de expectativas, de entrega.
Por outro lado, nunca fico nua, em carne viva, talvez porque desde cedo me fiz forte pra poder seguir em frente, para pegar um caminho diferente do que me predestinavam. A revelação das minhas fragilidades tem endereço certo, e eu tenho aprendido a não me fazer ou me convecer de que estou no controle. O meu coração tem dona. Tenho três desejos: casar com mulher da minha vida, ter uns filhos e fazer uma pequeníssima parte desse mundo um pouco melhor, sendo melhor. Decerto, mais humana, no sentido mais bom da palavra.
De resto, não gosto de injustiças, por isso aprendi a argumentar, e vou a tons extremos. Essa sou eu.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Sobre o amor.

"Cause it's you and me and all of the people

With nothing to do, nothing to prove
And it's you and me and all of the people and
I don't know why I can't keep my eyes off of you"
Aprendendo a ser com você.

Da alegria, do descanço.

Eu mereço FÉRIASSSSSSSSS  né!

sábado, 18 de dezembro de 2010

Do que eu estou ouvindo.


Estou começando a conhecer o trabalho dele. Adorei a voz dele.
: )

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

sábado, 11 de dezembro de 2010

Minhas Mães e Meu Pai (The Kids Are All Right)


Bom, depois de tantos burburinhos sobre esse filme, que está cotadíssimo para concorrer ao Oscar deste ano, eu fui assisti-lo. Eis um filme simples, com conflitos humanos, com diálogos enxutos e bem adequados a idade e ao desenvolvimento das personagens. Uma coisa que eu gostei muito foi o fato deles, a família entre si, conversar sobre tudo, em algumas situações eles se viravam do avesso para expor suas fragilidades. As confusões internas foram bem reais.
Gostei da condução desta fita, do enredo. A atuação dos filhos deixou um pouco a desejar, em contrapartida as mães e o Rufallo estavam bem estruturados no papel. Pra quem gosta de filme simples, é uma boa dica.

domingo, 5 de dezembro de 2010

Da minha história

Sempre me apaixonei por um ou outro professor que me apareceu nesta vida. Seja porque eles representavam o que eu achava belo, fascinante, e por isso eu queria ser um pouco que nem eles, seja porque eles se emprestavam a mim como uma figura paterna ou materna. A verdade é que algumas coisas que eles me ensinaram, e isso está longe de ser fórmulas matemáticas, mecanismos biológicos ou eventos humanos, eu exerço com orgulho, internalizei-as. Sou feliz pelas pessoas que o acaso me permitiu conhecer, compartilhar e nutrir nesta caminhada.