segunda-feira, 22 de novembro de 2010

23 anos.

Eu me sinto feliz sim, tenho algumas energias, uma mulher genial do lado, que me faz lembrar do que eu sou, do que eu devo ser todos os dias, alguns amigos que posso aventurar, brincando de ser feliz, e não deixo de perseguir a sensibilidade. Quanta sorte hein.

sábado, 20 de novembro de 2010

Concepções

São inúmeras as definições do amor. São inúmeros tipos de amor. Saber ao certo, definir milimetricamente  o que se sente quando concluímos que estamos viajando nele me parece ser uma tarefa muito difícil. Mas o amor não se realiza no que se sente, ele ganhou ao longo das histórias dos homens inúmeras materialidades. Por amor o homem construiu tumbas torneadas de riquezas, por amor os homens matam, põe o seu peito de encontro a uma bala. Por amor o homem criou a fidelidade, ele despe o máximo que pode expor de si.
Todos nós sabemos que a fidelidade, como todos os valores dos seres humanos, está imersa em contextos específicos, contextos culturais particulares. No caso da cultura ocidental, os homens personificaram a fidelidade no matrimônio, leia-se na exclusividade conjugal. Não que eles sigam a ferro e fogo tal façanha, parece-me mais comum que eles se comportam mais como animais, que são!, quando o assunto são os desejos da carne. Em contrapartida, a exclusividade conjungal, longe de ser superficialmente entendida como uma prisão, como um valor recactobanal, abre possibilidades de desenvolvimentos estreitos, de inventividades no que esboçamos ser a tão cobiçada liberdade, de uma oportunidade de se despir num terreno que arriscamos mais por acharmos sê-lo seguro. Tá... nem sempre é assim. Concordo. A verdade é que tudo é um risco desde que assumamos a adrenalina de escolher. Seja uma exígua margem de escolhas ou o contrário. O fato é que nunca estamos totalmente livres, porque estamos aprisionados a dependência do outro, da natureza, desses corpos, de nós mesmos.
O que nos impulsiona nesta terra de gregos e troianos é o que decidimos ser, o que sonhamos, o que valorizamos, ou, na mais selvagem e não menos humana situação, o que puramente queremos sentir.  Há quem diga que uma é um cárcere e que a outra é campo fortuito, vice e versa. O que não me deixo esquecer de levar no lombo são os valores que julgo serem básicos, como o da família, que somente puderam ter sido erigidos sobre a fidelidade, no desafio diário de invenções que contrariam a nossa tenra natureza. Mas com o ser humano, desde quando assim nomeou-se, não tem sido assim?

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Ele fala por mim.

O que influencia o amanhã

Por Fundação José Saramago A pergunta que todos deveríamos fazer-nos é: Que fiz eu se nada mudou? Deveríamos viver mais no dessassossego. Não haverá amanhã se não mudarmos o hoje. Como se conta em A Caverna, tudo o que levamos às costas é passado e todo esse passado, incluindo a desesperança e a desilusão, é o que influencia o amanhã. Há que fazer o trabalho todos os dias com as mãos, a cabeça, a sensibilidade, com tudo.
“Antes el burócrata típico era un pobre diablo, hoy registra todo”, La Nación, Buenos Aires, 13 de Dezembro de 2000
In José Saramago nas Suas Palavras